Você já se experimentou a confusão que surge quando conversa com alguém sobre ciência e fé?
Então viemos contar sobre…
Um Marco Histórico!
É hora do Amanhecer!
É hora de transformar a noite escura da rançosa crise de paradigmas entre as ciências humanas que o passado deixou como rastro!
É hora de vencer a tensão persistente, conflito que iniciou na Idade Média entre a cultura religiosa – como um entardecer – e a cultura científica autônoma da modernidade.
É hora de diluir esse dilema mal superado.
Ao longo da história, encaminhava-se uma visão fria, divisória e simplista entre Pensamento e Fé, Ciência e Teologia; um conflito entre Presente e Passado, entre Experiência e Tradição, entre Objetividade, Espontaneidade e Subjetividade, e, por consequência, entre a questão do sofrimento e Deus.
Crise que fragmentou a escuta, impedindo que profissionais e religiosos viessem a trabalhar juntos em prol de uma efetiva e afetiva prática do cuidado, muitas vezes perdendo-se, ambos os lados em riscos, descuidos e porque não dizer em descasos.
Pois, é chegado o tempo da mudança!
Um marco histórico no diálogo entre ciência e fé com foco na prática de um cuidado integrado: o Primeiro curso no Brasil de Instrumentalização em Atenção Psicológica em Emergências desenvolvido para os Religiosos e pela Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB- em parceria com a Ciência.
Nos meses que se passaram, O instituto Luspe a partir do NAPE, Núcleo de Atenção Psicológica em Emergências foi chamado a intervir no Sul do país com voluntários religiosos, pela CRB, para o suporte as famílias afetadas pelas enchentes, prática que deu origem a uma cartilha, e a importância da instrumentalização dos religiosos nas circunstâncias de primeiros socorros psicológicos, suporte psicossocial em desastres naturais, perdas, luto e trauma.
O curso foi desenvolvido a partir desta experiência, ofertado para religiosos e interessados, pela CRB em parceria com os profissionais do Instituto Luspe. Conheça o programa completo do curso!
Objetivos do Curso
- Promover o acesso a um conjunto de conhecimentos que resultem em auxílio sólido, seguro, efetivo e afetivo para a população afetada.
- Reduzir danos, instaurando um cuidado continuado e otimizando a possibilidade de reasseguramento às pessoas envolvidas na reconstrução dos locais onde o desastre ocorreu.
- Proteger o psiquismo dos interventores, frente a naturais sensações de sobrecarga, exaustão e impotência na atuação em meio às tragédias.
- Habilitar para a postura técnica apropriada com informações e recursos a fim de solidificar o trabalho em equipe, bem como a realização de rápidas avaliações dos objetivos frente a esse tipo de intervenção, considerando cada contexto e momento, minimizando problemas de comunicação e maximizando redes de apoio.
Programa do Curso
1. Comunicação de crise – A comunicação como ferramenta e potencial de enfrentamento da crise. O que é crise: ciclo, intervenção; habilidades do cuidador. Ciclo da crise.
2. Cronologia dos desastres
3. Estresse/eustresse/distress
4. Modelo Bio-Psico-Socio-Cultural de compreensão de respostas ao estresse
5. Espiritualidade encarnada os desastres – Respostas da espiritualidade no auxílio e na recuperação de comunidades atingidas por desastres (cuidados, suporte e riscos).
6. De quem devemos cuidar? Quem são os envolvidos em um desastre? – Diagnóstico rápido, avaliação de contingência para divisão de grupos de trabalho em diferentes objetivos. Vítimas: primárias e secundárias. Socorristas, público, mídia, voluntários.
7. Diferenças no modelo de intervenção – Escuta de rua x escuta institucional (no setting).
8. A contribuição da Psicologia nas emergências – Preventiva, educativa, assistência direta às vítimas, assistência às equipes de trabalho, nos diferentes níveis e campos de atuação.
9. Cuidado a médio prazo – Circunstâncias de luto traumático.
10. A construção do apoio e recursos em diferentes períodos do trauma
11. A ação e o cuidado no contexto dos ritos fúnebres – Função dos rituais; tipos de rituais; exéquias em circunstância de trauma; riscos na imposição de sentido filosófico ou espiritual em meio à dor e à ruptura do mundo presumido.
12. Lutos não reconhecidos – Cuidado às populações invisíveis; atenção às perdas secundárias.
13. Como treinar voluntários rapidamente – Principais orientações que podem ser dadas para localizar e otimizar o trabalho dos voluntários durante as intervenções. O que devemos lembrar.
14. Como construir rapidamente um comitê de crise
15. O que não pode faltar na mochila do interventor
16. Intervenção em situações de emergência migratória
17. Fundamentos antropológicos de inculturação da fé como horizonte de esperança diante das situações-limite
18. Elementos da resiliência
Equipe Docente
Profa. Dra. Maria do Carmo dos Santos Gonçalves – Religiosa Carlista, Doutora em Ciências Sociais.
Prof. Dr. Pe. Charles Wilner – Presbítero, Oblato de São Francisco e Antropólogo.
Profa. Ms. Ir. Zirlaide Barreto Mendonça – Religiosa Passionista, Pedagoga e Psicóloga.
Membros do Corpo Clínico do Instituto Luspe
Profa. Esp. Ms. Dra. Ana Reis – Psicóloga Clínica.
Profa. Esp. Clareana Sara – Psicóloga Clínica.
Profa. Ms. Lourdes Sgarabotto – Psicóloga Clínica e Organizacional.
Coordenação – Ir. Lourdes Urban, Coordenadora CRB/RS, e equipe.
Módulos
Módulo I: 11, 12 e 13 de março de 2024, das 8h às 17h.
Aula complementar on-line: 16 de março de 2024, das 20h às 21h30.
Módulo II: 4, 5 e 6 de julho de 2024, das 8h às 17h.
Local do Curso
Auditório da Livraria das Irmãs Paulinas Rua dos Andradas, 1212, Porto Alegre/RS. (51) 99878-2033
Outras informações
- Inscrições até 29 de fevereiro de 2024
- 50 vagas disponíveis
- Investimento de R$ 550,00
- Certificado de 40 horas
Contato
secretaria.rs@crbnacional.org.br
(51) 3221-0050 | (51) 99527-0846